- 25 de setembro de 2024
- Posted by: Forest
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Lilian Ferreira dos Santos é secretária adjunta de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos da Secretaria Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Mato Grosso. O estado tem conseguido bons avanços no setor de base florestal nos últimos anos.
E esse avanço tem vindo atrelado ao controle da produção de base florestal. O estado conta com o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora 2.0), ferramenta que garante a cadeia de custódia da madeira nativa mato-grossense.
“Esse compromisso demonstrado pelos produtores atualmente, que a madeira é produzida no Estado de forma legal, fez uma grande diferença na imagem do setor, tanto no mercado interno quanto internacional”, explica Lilian.
A secretária concedeu entrevista exclusiva à Forest News sobre os avanços recentes conquistados pelo setor de base florestal do Mato Grosso e como o estado tem trabalhado para garantir maior sustentabilidade ao segmento.
Forest News – Mato Grosso tem se consolidado nos últimos anos como um dos destaques nacionais no setor de base florestal. Na sua opinião, quais fatores favoreceram esse movimento?
Lilian Ferreira dos Santos – O setor de base florestal de Mato Grosso tem buscado, a cada ano, melhorar a sua performance, a qualidade do seu trabalho, mas em especial evidenciar a legalidade. Esse compromisso demonstrado pelos produtores atualmente, que a madeira é produzida no Estado de forma legal, fez uma grande diferença na imagem do setor, tanto no mercado interno quanto internacional. Trabalho que tem sido realizado em conjunto entre o setor produtivo e Secretaria de Estado de Meio Ambiente – Sema-MT, por meio processo estadual de rastreabilidade do Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora 2.0), ferramenta que garante a cadeia de custódia da madeira nativa mato-grossense.
Forest News – Qual a importância do setor de base florestal conseguir manter a produção atrelada a boas práticas ambientais e sustentáveis?
Lilian Ferreira dos Santos – Cada vez mais a gente pode observar que o consumidor quer um produto sustentável, ele quer algo que seja desenvolvido, cultivado, extraído de uma forma a garantir a viabilidade dos recursos naturais para as próximas gerações. E esse trabalho tem sido feito junto com o setor de base florestal, em especial pela questão de sequestro de carbono, que é bastante importante. A cadeia produtiva da madeira é um exemplo de legalidade e sustentabilidade, a prática do manejo florestal é uma garantia da floresta em pé e da mitigação dos efeitos das mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. Então, toda essa representatividade do segmento madeireiro faz muita diferença naquilo que vamos entregar ao consumidor, porque ele quer justamente alguma coisa que seja sustentável.
Forest News – Atualmente, como você observa as principais demandas do setor de base florestal que envolvem o Poder Público e como vocês da Secretaria tem trabalhado para auxiliar os produtores?
Lilian Ferreira dos Santos – O meu setor trabalha com todo o setor de exploração, de cultivo, de autorização em relação à base florestal do estado de Mato Grosso. Nós temos tanto a parte de extração, seja a autorização dos planos de manejo florestal sustentável, da colheita da madeira, como também no controle da comercialização e transporte de produtos florestais realizados no CCSEMA (Sistema de Cadastro de Consumidores de Produtos Florestais). E a parte do consumidor também, em especial quando se licencia as madeireiras, garantindo que aquele produto que está sendo trabalhado passou por todo processo de licenciamento dentro do Estado. Então hoje nós licenciamos a cadeia produtiva de ponta a ponta.
Forest News – Qual a importância de eventos como o Espírito Madeira na ação de reunir diversos players do mercado de base florestal nacional?
Lilian Ferreira dos Santos – Eventos como o Espírito Madeira são fundamentais para conhecer a realidade de diferentes estados e, no nosso caso, para demonstrar o trabalho realizado em Mato Grosso. Eles proporcionam a oportunidade de divulgar as boas práticas e o processo de rastreabilidade da madeira mato-grossense, além de possibilitar o conhecimento sobre a gestão florestal em outros estados. Também vamos encontrar com profissionais das áreas de arquitetura e outras que fazem uso da madeira, garantindo que eles estejam cientes da legalidade e da qualidade do trabalho realizado no estado de Mato Grosso.